quarta-feira, 20 de julho de 2005

vibrato

hoje saiu um vibrato engraçado da minha gaita ;-)

mulheres devem se sentir assim depois da primeira menstruação. acho que vou virar um gaitista de verdade ;-)

terça-feira, 19 de julho de 2005

Minas Harp 3 - programação oficial (BH/MG)

Dia 05/08 sexta- Show do Ferrari no Garage d´Caza com a participação especial de Flávio Guimarães
tel 9192-2354 3296-5283 a partir das 23:00

Dia 06/08 sabado - workshop do Flávio na Promusic 11:00 da manhã
valor 20,00 reais sendo que antecipado 15,00 3221-3400 promusic.com.br

dia 06/08 sabado - show do Flávio Guimarães e Leandro Ferrari na UTÓPICA
tel 3296-2868 utopica.com.br

músicos:
Baixo: Léo Javali (Nasty)
Bateria: Cristhian (Nasty)
Guitarra: Emiliano (Machaka)

segunda-feira, 18 de julho de 2005

dia do zé e os seis pontos do kenji - planos são sempre inúteis, mas planejar é fundamental (*)

(email para o gaitabh - 14 de Julho)

caros gaita-beagázicos

proponho instituirmos o dia do Zé.

explico-me.

1) o Zé tá sumido
2) tá todo mundo querendo tocar e ouvir música boa
3) tá todo mundo sem grana
4) tem um monte de gente na lista que fala menos do que falava meu hamster

essa situação é inaceitável, inadmissível e impossível

o dia do Zé seria um dia para

1) acharmos o Zé
2) tocar e ouvir música boa
3) hummmm vamos acabar gastando mais um pouco nisso, é verdade
4) achar as pessoas da lista, e de fora dela

o dia do Zé é uma idéia ambiciosa, e embora não necessite de vultuosas quantias de dinheiro escondidas em maletas ou cuecas, exige propaganda boca-a-boca, coordenação, logística e alguma preparação anterior. Eu queria que fosse principalmente um treco legal para a galera que ainda não entrou no esquema e para o Zé, em retribuição à sua presença retórica- dialética- marxista- histórica- blueseira- adjetiva- filosófica- cervejística- proparoxítona

se o flávio vai fazer um show no fim-de-semana do meu aniversário e se vamos ter um workshop dele provavelmente no dia anterior ou no mesmo dia de manhã, pq não fazer um evento à tarde antes do show e antes do meu aniversário, celebrando os 250 anos de existência do Zé?

sem mais pelo momento, estejam avisados

[]

Kenji
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http://kenjiria.blogspot.com
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(email para o gaitabh - 15 de Julho)

é um email longo, como costumam ser meus emails, mas acho que é importante

primeiro lugar, fiquei agradavelmente surpreso com o encontro ontem. achei o quórum bom, achei a qualidade do workshop de manutenção excelente, e achei que funcionou muito bem o esquema do fred e do tarcísio apresentarem juntos, cada um dando sua dica de como fazer o que. A galera está fazendo o seu dever de casa mesmo e pelo jeito estamos todos salvos pq temos na cidade mais dois malucos que gostam de fazer manutenção de gaitas ;-) E quando eu falo que um workshop de manutenção foi excelente, está falando um cara que já conversou disso pessoalmente com o Gaspar VIanna, o Diogo Farias, o Junior Blues e o Ulysses Cazallas, ou seja, está excelente mesmo.

segundo lugar, apesar do problema do horário, a apresentação da Mari foi interessante e rendeu algumas questões dentro do carro que também são interessantes. Infelizmente, contudo, cheguei no terceiro ponto que eu queria chegar

terceiro lugar que eu queria chegar: a reunião 5a tem uma clara desvantagem em relação ao domingo: menos gente pode ir e dura menos. Claro que o nenhuma das duas apresentações (nem a da Mari sobre o Milteau nem a do Fred e Tarcísio sobre manutenção) iriam durar 20 minutos, e muito menos que a galera não ia querer bater um papo e tomar uma cerveja enquanto o DVD do Róbson tocava. Aliás, a grande graça dos encontros é justamente essa parte boa da galera se divertir

(... parte omitida do email oririginal propondo datas e o documento de apresentação sobre manutenção ...)

quarto lugar é que no domingo ficou claro que tá faltando a galera tocar mesmo, e seria muito desperdício da nossa parte não tocar nos encontros mesmo. Eu acho até que alguma coisa bacana pode surgir, do tipo a galera combinar de tirar música junto, manter repertório, etc. Um ponto interessante (e isso faz parte do meu mein kampf - vide post anterior) que a turma da Clara faz, por exemplo, é que eles são uma orquestra de gaita com algum repertório ensaiado, o que significa que eles podem simplesmente se apresentar em N eventos com uma qualidade garantida.

Na minha cabeça doentia, eu acho que a gente devia considerar seriamente de cada um (ou pares) ensaiarem alguns blues específicos bem ensaiados para a gente montar uma espécie de COMBO (combo = combined). Para quem não sabe, uma COMBO (não confundir com TOMBO, a fabricante das Lee Oskars) é um grupo de músicos tocando juntos sem ser necessariamente uma banda, mas não sendo apenas uma JAM, pq a JAM é improvisada na hora. De posse das músicas ensaiadas, ou se arruma uma banda de apoio[1] (mais trabalho e menos dinheiro) ou se contrata[2] uma banda de apoio (mais dinheiro e menos trabalho) e se faz um show onde nenhum gaitista individualmente precisa ensaiar
muitas músicas, mas se cada um toca umas 2 ou 3, bem treinadas, vira um show que é um banquete de gaita, divertido prá todo mundo, e uma vez ensaiado, apresentável

A diferença entre [1] e [2] é que [1] significa tocar o que os caras tocam, e [2] significa mandar os caras tocarem o que a gente quer tocar, pq vc está pagando. Cada um tem suas vantagens.

a questão de ser apresentável me leva ao quinto tópico, que é a produção de material. Já estamos formalizando material escrito, e isso é muito legal mesmo. No entanto, ainda não temos uma câmera de vídeo decente (eu mesmo estou olhando. prá que vcs acham que eu estou vendendo minha tralha?) para filmar tudo o que é apresentável. Shows, ensaios, as próprias apresentações, e etc. Vocês já repararam como existem poucos vídeos de gaitistas e muitos vídeos de filmes de ação com atores horríveis, histórias horríveis, explosões na capa e que passam na bandeirantes durante a semana à noite? Não parece injusto? Eu tb acho.

mas para que filmar? aliás, para quem filmar? esse é o sexto tópico. filmar tudo gera um material bacana que pode ser enviado para pessoas que estão longe. Senti isso na pele quando mandei o minas harp pro bresslau e pro bruno. Quem já ficou um bom tempo fora do Brasil sabe a dureza e a saudade que é e o quanto uma fita de vídeo dessas é legal. Mais ainda, e mais importante tb, as pessoas se juntam para ver um vídeo ao mesmo tempo. Não é como ler o material de um site. O vídeo une as pessoas, portanto, é a mídia ideal para outros grupos de estudos, como o de campinas, o de santos e o grupo da clara em SP. E os outros grupos que vierem a surgir.

e para que mandar essas coisas pro pessoal que está longe e pros outros grupos de estudos? para a futura sociedade brasileira de harmônica, claro! ;-) não foi para isso que eu vim? ;-) [lógico que não, todo mundo sabe que o SBRAH é uma desculpa esfarrapada do Kenji prá ele ouvir gaita e tomar cerveja hheheehhehe]

[]

Kenji
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(*) O Cássio que me disse isso, mas não duvido que ele tenha copiado de algum outro lugar tb.

terça-feira, 12 de julho de 2005

SPAH brasileiro

eu falo prás pessoas que tudo o que eu fiz na vida pela gaita foi com o intuito de promover o SPAH brasileiro. Mas o que é o SPAH, exatamente?

pelo site do SPAH, vê-se que não passa de uma organização americana sem fins lucrativos que promove a preservação e a evolução da gaita, distribui uma publicação e promove o famoso festival de 5 dias, anualmente. O SPAH existe desde 63. Custa US$ 40 dólares a anuidade e ser associado dá desconto no preço do evento.

o evento deste ano é em 16 de agosto, num hotel em Kansas City. Aqui, programação, preço e todas as informações do seminário.. Resumindo, de terça a sábado, cerca de US$ 200. US$ 40 por dia de evento, praticamente.

no outro lado do atlântico, existem outros eventos, às vezes promovidos por fabricantes de gaitas, com vários pequenos shows em hotéis e cafés, como o de Klingental, na Alemanha.

no Brasil, a coisa mais próxima disso é o festival internacional de harmônica organizado anualmente no SESC Pompéia em SP, pelo Flávio Guimarães e pelo Chico Blues. Os preços costumam ser populares e aparecem umas canjas no Mr Blues também, após o show. Contudo, nem o Flávio nem o Chico são organizações sem fins lucrativos, é um evento como qualquer outro, porém de alta qualidade com músicos profissionais.

o que já se tentou, sem muito sucesso, foi organizar eventos paralelos em SP durante esse festival, e embora muita gente do país todo vá ao evento, não existe uma grande confluência de gaitistas. O gaita-l, a lista de discussão nacional, que conta com centenas de gaitistas inscritos, é silenciosa e apenas uns 20 ou 30 participam ativamente. Músicos profissionais não costumam ver vantagens na lista, já que a maioria é formada de iniciantes, sempre com as mesmas perguntas. Apesar dos pesares, ainda é a lista mais significativa do país em termos de comunicação.

outras tentativas locais são os pequenos eventos promovidos de forma amadora (no sentido estrito do termo, pois quem dá o sangue nesses eventos realmente ama gaita), em especial em BH pelo Leandro Ferrari, em Campinas e em Santos. E claro, o lançamento do CD do gaita-L, que já foi em BH, no RJ, em Santos e este ano deve ser em BH de novo.

é interessante pq o terreno que parece ser mais fértil é o da cidade "média". O tradicional eixo RJ/SP, apesar de ter a maioria dos gaitistas profissionais, não possui uma organização entre os gaitistas. Pequenas cidades provavelmente não possuem massa crítica. Restam as cidades "médias" como Santos, BH e Campinas, como pequenos focos de gaitistas mais ou menos organizados, grande parte devido à quantidade mínima necessária de gaitistas para a coisa andar aliado a uma carência de bons shows locais. E ao mesmo tempo, justamente pela falta de bons shows locais, nessas cidades é ainda mais fácil negociar lugares bons para as apresentações.

outro elemento catalisador de gaitistas são os festivais de blues, que andam diminuindo, e que depois do fracasso de público que foi o festival de blues em BH no Marista Hall e com o fim do festival de blues do Mineiríssimo, tendem a diminuir ainda mais especialmente em BH.

uma vez eu conversei com o Helton Ribeiro por telefone uns 3 anos atrás e ele me dizia que a tendência era o mercado do blues se mover de novo para o interior de SP, que era fácil para o músico e o público paulistano ir e onde havia demanda e poder aquisitivo. Provavelmente Ribeirão Preto e Campinas devem ser os alvos mais visados desses festivais.

Outros festivais de blues têm sobrevivido bem, como o de Guaramiranga (CE) que acontece durante o carnaval e parece ter um bom apoio do estado, pois certamente promove o turismo e aproveita uma época do ano em que os amantes do blues e do jazz ficam à mercê do axé, e os festivais no sul do país, como o promovido pela Miller e pelo whisky JB. E tem tb o festival de Rio das Ostras, no RJ. Minas Gerais, novamente, ficando para trás, pois quase não se ouve mais falar do Ibitipoca Blues. Ouro Preto tem um bom festival de Jazz, mas normalmente não abre muito espaço para o blues, e custa os olhos da cara. Gaitista em geral é pobre. Blueseiro em geral é pobre.

às vezes, inclusive, boas intenções aliadas à falta de profissionalismo mais contribuem para queimar o filme do que para promover mesmo, mas mesmo assim, são iniciativas heróicas.

a diferença entre os EUA/Europa e o Brasil em relação à gaita, e é uma das coisas que mais dificulta o SPAH no Brasil, é o fato de que a gaita faz parte da história e da cultura desses lugares. Muitos shows do SPAH são aquelas orquestras locais de velhinhos tocando cromática junto. Muitas das gaitas vendidas na alemanha (e eu desconfio que seja inclusive a maioria, assim como eu sei que é no Brasil) são aquelas gaitas tremollo para música tradicional.

No Brasil, a gaita é a gaita de blues e ninguém lembra do Edu da Gaita ou dos Harmonikings. Até o surgimento do Blues Etílicos na década de 80, haviam décadas que a gaita estava limitada à cromática do jazz e do chorinho de Rildo Hora e do Maurício Einhorn.

O Brasil não tem massa crítica nem proximidade com as fábricas (há apenas a Hering, em blumenau, com capacidade muito limitada de investimento nesse tipo de evento) nem com os artistas, que não são tantos assim. A gaita não está na moda (mas estava na década de 40) e o movimento de gaitistas dá espasmos quando surgem uma Alanis ou um Bob Dylan tocando alguma coisa.

Não há grandes fábricas de amplificadores ou gaitas, e embora hajam o André Serrano e o Diogo Farias, são serviços customizados e cada um numa ponta do país.

Pode-se passar uma vida inteira lutando por um ideal sem nunca chegar perto do objetivo. Eu desconfio que comigo vai acontecer algo assim. Eu vejo pessoas como o Ronald Silva, que conseguiu organizar a Trupe da Gaita, nos moldes do Borrah, com um certo sucesso, pois provavelmente Curitiba tem os gaitistas com mais técnica e conhecimento de teoria e repertório do país, graças ao talento do Ronald, mas está longe de trazer "a época de ouro" de volta. Os que viveram aquela época devem guardar uma nostalgia tremenda e ver com olhos desconfiados as gerações de gaitistas atuais, mais influenciados pelo blues, salvo alguns poucos gaitistas que se dedicam a explorar o espaço aberto da gaita na música brasileira.

Eu acredito que um dia, essas "células" de alguma forma vão funcionar juntas. Campinas, organizado pelo Fernando Xavier, está bem próximo de SP, mas eu não ouço falar muito deles. Santos não têm muitos gaitistas virtuosos (mas têm), mas tem a maior quantidade de gente empolgada que eu já vi, e por isso mesmo eles conseguem manter uma regularidade no movimento de gaita deles, ao mesmo tempo em que eles se transformaram num grande grupo de amigos, organizados pela "mente criminosa" (no bom sentido) do Morenno.

BH tem gaitistas ótimos, alguns começando a aparecer, outros voltando agora com o movimento do grupo de estudos. Particularmente, acho que hoje em dia, proporcionalmente falando, apesar de BH ter poucos gaitistas, têm gaitistas amadores de muito boa qualidade e timbre, mas que estão parados por falta de tempo ou de banda. Mas existe, até certo ponto, boas amizades e espaço para todos tocarem e aparecerem. O Pedro desapareceu, mas o Fred está evoluindo rápido, o Samir já está no ponto, o Osmar está correndo atrás e até da Mariana, com sorte, ainda vamos ouvir falar (e tocar) este ano. Muitos gaitistas e poucas bandas. E nenhuma casa especializada em blues, mas ainda assim, muito espaço. O palco paladar foi uma das gratas surpresas da cidade, e ainda assim, eu ainda estou cavando mais lugares e outros "nichos"... o Deja Blue vai tentar voltar à ativa, com reforços e mais bluesy, o Hot Spot ainda abre espaço para canjas, e o inverno é época natural de curtir blues à luz de velas num café pequeno e quentinho, num clima aconchegante e intimista.

Com o grupo de estudos, as férias de julho, o minas harp em agosto e mais um monte de pequenas coisas boas acontecendo nos bastidores da gaita em BH, acho que estamos num momento bem propício da coisa andar e acontecer, pelo menos por aqui. Em especial, o grupo de estudos daqui deve começar a promover o intercâmbio e a troca de informações entre os grupos de estudos, diminuindo as distâncias. Eu queria muito, e vou dar um jeito, de manter contato entre os grupos de santos e de SP (olha eu cutucando a Clara), trocando material e informação.

Outra coisa que está fazendo falta é filmar essas coisas. O Chico Blues conhece o filão dos vídeos, e as filmadoras estão caindo de preço... grupos de estudos viajando para se encontrarem, ou organizando pequenos eventos juntos...) É, o zé não devia ter me dado aqueles pães de queijo de provolone.

A longo prazo, eu sonho com o SPAH brasileiro, e ele vai ter que ser inventado por uma fórmula própria pq o Brasil não tem nada que ajude além das pessoas, com sua paixão pela gaita e sua facilidade de relacionamento. A curto prazo, eu faço o que posso pela manutenção dos grupos de estudos, para que durem e que sejam bons enquanto durem. A médio prazo, eu quero ver se o lançamento do CD do gaita-L, sendo em BH, vai poder contar com as pessoas que estão voltando a tocar em BH, e que devem estar afiadas até o fim do ano, para ser pelo menos uma referência na cidade, ou no estado. Assim, um passo de cada vez. Mirando na cabeça prá acertar pelo menos no pé.

Viajando um pouco na maionese, eu queria muito que o grupo de estudos desse origem a uma apresentação conjunta, em pares ou em trios de gaitistas, e que fosse algo apresentável num pequeno café, e que um dia o pessoal topasse viajar junto para tocar numa desses cidades legais vizinhas de BH (Ouro Preto, Tiradentes, Lavras Novas). O grupo da Clara (onde eles estão? cadê o email deles?) está muito perto de conseguir algo assim.

No dia em que umas duas ou três associações de gaitistas estiverem entrosadas o suficiente, fazer o festival paralelo e independente na época do festival internacional de harmonica de SP vai ser mais fácil. É sonhar e fazer por onde.

sexta-feira, 8 de julho de 2005

grupo de estudos - por que apresentar?

bem, já vou avisando pros que não me conhecem, que apesar de ser empolgado, eu sou um gaitista relapso e meia-boca. se eu não tenho motivação para arrumar tempo e me forçar a estudar, eu não estudo e não saio do lugar. Por isso que a idéia do grupo de estudos me agrada.

eu sei que eu fico enchendo o saco de todos vcs falando que vcs precisam apresentar, etc e tal. Ninguém tem tempo e todo mundo tem vergonha de ser julgado lá na frente. O mundo é injusto mesmo. Muito de uma coisa e pouco de outra coisa. Devia ser o contrário.

mas o fato é que desde quando eu fazia o site do gaita-bh, que eu me forçava a 1 vez por mês pesquisar sobre alguma coisa de gaita, que eu não tinha tanta informação útil. Na verdade, todo mundo aqui sabe onde está a informação e o que é preciso para ser um bom gaitista, mas poucos estão dispostos a fazer o que é necessário pq temos filhos, contas a pagar, namoradas, família, trabalho e outras atividades. E claro, nossa cama também.

mas encarecidamente, eu peço que vcs tentem preparar apenas 1 apresentação, mas que seja de um assunto que realmente lhe interesse. E gaste 30 minutos em 3 dias pesquisando isso na web. Use e abuse do google, do orkut e do gmail. Entre no harp-l e saia lá perguntando. Estou falando de cadeira pq aconteceu comigo. O negócio é uma cachaça, vc começa e não quer parar mais.

por exemplo, eu estou preparando material sobre gaitistas rápidos. desde então, o que eu achei e que vai aparecer na apresentação?

- um artigo do Richard Hunter sobre o John Popper muito bom
- técnicas e exercícios de um dos melhores sites de gaita que há, o Harp On
- uma entrevista no planet harmonica com Jason Ricci
- uma foto do john popper numa prisão do texas por porte de maconha

e aí vc entra no harp-l e (no meu caso, que eu já fui do harp-l antes) lembra como era ter informação ao alcance da mão. Em 24h, vc está trocando emails com o próprio Jason Ricci, com o Robert Bofiglio, com um monte de gaitistas de bluegrass (e eles são rápidos), com o Del Junco e os caras estão te mandando links e mp3 e sites onde vc baixa shows inteiros de gaitistas que vc nunca ouviu na vida falar.

confirmo para vcs que só nesse processo, o que eu aprendi sobre velocidade, mesmo não sendo um bom gaitista, ainda menos rápido, não está no gibi. Pelo menos se um dia eu resolver que quero tocar rápido, já vou saber por onde ir e a quem recorrer.

e até mesmo conhecer o trabalho do Jason Ricci, que vcs vão ver, vai horrorizar vocês.

e sobre a hering, eu estou pensando em estender e falar de outras fábricas, pq acho que eu conheço até bem a Hering e não teria muito o que aprender sobre ela. E de repente estou achando material sobre a hohner, a seidel, a huang e mais algumas fábricas que eu nem sabia que existiam e que, pasmem, parecem estar com fatias de mercado maiores que a hering nos states... e aí vc começa a entender um monte de coisas sobre a estratégia de marketing da hering.

lembra da propagando do mon bijou, que ficava comparando o tempo todo o mon bijou com o confort, pq na verdade eles queriam que o consumidor ignorasse uma terceira marca mais barata que estava surgindo na mesma época, achando que só existia confort e mon bijou? pois é.

o que o kenji quer com isso tudo? pq ele perde o tempo dele?

1) curto prazo: diversão. mais shows de gaita. mais gaitistas bons. mais música boa. muitos dos melhores amigos do kenji são gaitistas que ele conheceu.

2) longo prazo: o SPAH brasileiro

vejo vcs no domingo, lá no grupo de estudos

data, local, etc
http://planeta.terra.com.br/arte/dejablue/gegbh

[]

Kenji
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